terça-feira, 31 de março de 2009

A Cultura não se Enquadra na Totalidade Política

A cultura nunca poderá ser um factor estratégico de mudança. Se é estratégia, não é cultura. Faz-se apelo à cultura como estratégia de mudança, tentando resolver a condição perturbadora do homem culto, munido de culpabilidade inconsciente, ou simplesmente isento da culpabilidade pelo sofrimento. Isso não é possível. A cultura não se enquadra na totalidade política. Há um grave mal-entendido quanto a isso. A cultura não significa o conforto da neutralidade, a irónica graduação da expectativa, a ginástica do não-compomisso. Significa um enraizamento em si mesmo, que conserva no homem a faculdade de julgar. Não é contrária à acção, mas é condição necessária para que a acção seja serena e útil, e não impaciente e desordenada. Não se trata de racismo espiritual; não se trata da pretensão de existir à parte da história política do mundo. É a intenção absolutamente necessária de ser livre, face aos acontecimentos, qualquer que seja a lógica que os liga. A cultura é o que identifica um povo com a sua finalidade.

Agustina Bessa-Luís, in 'Dicionário Imperfeito'

ainda hoje lá chega

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Parece que já começo a entendê-lo melhor.
Este blog é mais teimoso do que eu.....só aceita o que lhe apetece
ou eu sou um bocado azeeeeeeeeeelha

Já pica

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segunda-feira, 30 de março de 2009

Lugar na Vida

Há um lugar especial na vida
feito só para si...

Um SONHO que deve seguir,
porque para trás não é seu caminho.
Existe um ponto de partida
por onde você deverá começar,
e uma herança de amor
para aqueles que virão depois de voce.

Um lugar que só você reconhecerá....
Existem mãos que deve segurar,
uma palavra que deve dizer,
um sorriso que deve dar
e lágrimas que só você poderá enxugar...

Um campo luminoso
onde flores crescem fortes
apesar das tempestades....

Há um lugar especial amanhã
e o melhor está para vir.
É certo que seu destino
é um livro que não lê-mos...

Mas pode crer
nesta vida há um lugar especial...
feito só para você!!!!

A Angustia

Nada em ti me comove, Natureza, nem
Faustos das madrugadas, nem campos fecundos,
Nem pastorais do Sul, com o seu eco tão rubro,
A solene dolência dos poentes, além.

Eu rio-me da Arte, do Homem, das canções,
Da poesia, dos templos e das espirais
Lançadas para o céu vazio plas catedrais.
Vejo com os mesmos olhos os maus e os bons.

Não creio em Deus, abjuro e renego qualquer
Pensamento, e nem posso ouvir sequer falar
Dessa velha ironia a que chamam Amor.

Já farta de existir, com medo de morrer,
Como um brigue perdido entre as ondas do mar,
A minha alma persegue um naufrágio maior.

Paul Verlaine, in "Melancolia"
Tradução de Fernando Pinto do Amaral

Anjo

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Um Anjo é sempre um anjo e o mundo está precisando de grandes exércitos de Anjos

sábado, 21 de março de 2009

Dia da Árvore

Não Acredito na Palavra Glória

A glória externa está mais ligada à morte que à vida. Quando a glória chega, e se abate sobre qualquer um, o objecto que a provocou já está escrito, no seu caminho, já feito, as obras já foram contabilizadas nas colunas da morte. Somos substituídos por aquilo que já fizemos, e querer ser célebre a qualquer preço é, igualmente, apossar-se da própria morte, conhecer já o que ela faz.--------------

Marguerite Duras, in "Mundo Exterior

sexta-feira, 6 de março de 2009

Consternação

Maria Manuela Reis Antunes Margarido, de 49 anos, saíra de casa, no lugar de Casais de Arega, Figueiró dos Vinhos, pouco antes das 9 horas. Entrou no carro e dirigia-se para o emprego, numa churrasqueira daquela vila, quando detectou um automóvel a segui-la. Terá sido isso que a levou a alterar a rota e, em vez de seguir pela Estrada Nacional 350 - que a levaria ao centro da vila - tomou o desvio para o lugar de Cabeças. Na pequena localidade, tomou uma rua estreita e ainda entrou com o carro (um Opel Corsa de cor branca) no alpendre de uma casa.

Delfina Lopes, de 61 anos, a proprietária da habitação, estava a ver televisão, no primeiro andar, e ouviu o barulho do carro a chegar. Desceu para tentar perceber o que se estava a passar e foi confrontada com uma imagem de horror.

"Ele [o agressor] estava de joelhos por cima dela, que estava deitada nos bancos da frente do carro. Tinha uma faca na mão e estava a esfaqueá-la", contou ao JN mulher, visivelmente chocada.

Foi nessa altura que a sexagenária se apercebeu de que Maria Manuela gritava desesperadamente. "Ela dizia: "acudam-me, acudam-me", relatou.

Sem pensar bem no que fazia, a mulher correu em seu auxílio. Pela porta da frente do veículo, que se encontrava aberta, segurou o braço do homem, enquanto gritava: "O que está a fazer? Deixe a mulher". Conta a moradora que o homem parou por momentos, voltou-se para ela e berrou: "Saia já daqui, senão vai a seguir. Esta é a minha mulher".



Foi esta noticia que me apanhou de surpreza esta manhã, infelizmente surgem constantemente,mas quando se conhecem as pessoas aterdoam-nos um pouco, pois o marido é cá da terra,conhecido como pessoa pacata. a Manuela tinha estado a falar com ela poucos dias antes de se ter ido embora, são coisas complicadas,e ninguem espera por estes finais.

terça-feira, 3 de março de 2009

Socorro Contra As Nossas Falhas

Recados do Orkut




O verdadeiro bem — a sabedoria e a virtude — é seguro e eterno; é este bem, aliás, a única coisa imortal que é concedida aos mortais. Estes, porém, são tão falhos, tão esquecidos do caminho que seguem, do termo para que cada dia os vai arrastando que se admiram quando perdem alguma coisa — eles que, mais tarde ou mais cedo, hão-de perder tudo! Tudo aquilo de que és considerado dono está à tua mão, mas sem ser verdadeiramente teu; um ser instável nada possui de estável, um ser efémero nada possui de eterno e indestrutível. Perder é tão inevitável como morrer; se bem a entendermos, esta verdade é uma consolação para nós. Perde, pois, imperturbavelmente: tudo um dia morrerá. Que socorro podemos conseguir contra todas as nossas perdas? Apenas isto: guardemos na memória as coisas que perdemos sem deixar que o proveito que delas tiramos desapareça também com elas. Podemos ser privados de as possuir, nunca de as ter possuído. É extremamente ingrato quem pensa que já nada deve porque perdeu o empréstimo! O acaso privou-nos do objecto, mas deixou em nós o uso e proveito que dele tiramos, e que nós deixamos esquecer pelo perverso desejo de continuar a possuí-lo! Séneca, in 'Cartas a Lucílio'




segunda-feira, 2 de março de 2009